A alteração da linguagem do idoso pode ocorrer quando várias estruturas do corpo são comprometidas, interferindo na comunicação. As mais importantes são; os ouvidos, os olhos e a fala.
Deficiência na escuta, dificuldades
em entender a mensagem, ouvir o que o outro está transmitindo. Pode causar
irritação e alteração da linguagem do idoso.
A diminuição ou perda da visão
prejudica a comunicação, é um componente importante na interação com outros e
com o mundo.
A falta de dentes, a ausência ou má
adaptação de dentadura, fatores que dificultam a emissão de mensagens,
alterando a linguagem do idoso.
A voz torna-se rouca nas mulheres e
mais fina nos homens. O que provoca alteração da linguagem do idoso, a fala
fica mais fraca e mais lenta com o passar dos anos.
A memória também é afetada, o idoso
tem dificuldade para recordar as palavras, o que interfere na sua expressão.
A perda de familiares e amigos e a
substituição do trabalho pela aposentadoria com rebaixamento de salário levam
muitas vezes os idosos a estados de depressão, nervosismo, ansiedade e
depreciação do valor pessoal, podem ficar apáticos, isolados, desinteressados,
prejudicando a condição de vida alterando a linguagem do idoso.
Doenças também alteram a linguagem
do idoso, sua comunicação: derrame cerebral, hipertensão arterial, o enfarte, a
arteriosclerose, as doenças mentais e as demências, as quedas e os acidentes, a
perda da memória ou esquecimento, a fadiga fácil e outras situações.
A afasia, alteração da linguagem do idoso
causada por problemas cerebrais pode afetar a capacidade de ler, escrever, bem
como de falar, compreender e executar.
Alguns medicamentos podem provocar
confusão e lentidão na conversa do idoso.
Apoio ao idoso na sua linguagem, comunicação
com os outros:
·
Evitar
situações que gerem sentimentos de ansiedade ou aborrecimento;
·
Manter
o ambiente confortável, agradável, iluminado e seguro.
·
Ao
falar com o idoso evite barulho de televisão, rádio ou conversas paralelas;
· Quando
conversar com o idoso, chame-o pelo nome, toque-o, pegue sua mão. Trate-o com
carinho e não o chame de vovô, vovó, tia, tio, ..., caso ele não seja seu
parente;
· Fale
de frente para o idoso, com clareza, uma frase por vez. Complemente sua linguagem
com gestos quando necessário;
· Oriente-o
diariamente quanto ao tempo e espaço: hora, data, local. Mantenha ao alcance de
sua visão calendário e relógio com números grandes e legíveis;
· De
acordo com suas necessidades mantenha o uso de óculos, aparelho auditivo,
dentadura ou outras próteses;
· Dê
oportunidade para que ele possa escutar, aprender e adaptar-se, recusar e
defender-se. Tomar suas próprias decisões e fazer escolhas;
· Preste
atenção aos olhos, ouvidos, tato, olfato para perceber o que o idoso quer
comunicar;
· Demonstre
que entendeu sua linguagem e verifique se ele compreende o que você fala;
· Não
use gestos bruscos, gritos e fala agressiva, caretas, impaciência, forçando
movimento dos lábios para se fazer entender.
Dica: procure anotar as alterações
que observa no idoso, compará-las ao longo do tempo e avise aos familiares e
médico.
Em casos de alteração da linguagem
do idoso, além dos cuidados descritos acrescente:
· Estímulos
visuais aos auditivos, gravuras e retratos, e peça para o idoso apontar e dizer
o que vê;
· Use
sempre as mesmas palavras em situações semelhantes;
· Acene
com a cabeça se você entendeu a linguagem do idoso, reforce a resposta certa;
· Solicite
que ele use gestos, escrita, desenhos etc. até sua fala se normalizar;
· Estimule
com leituras, jogos, televisão, gravadores ou outras maneiras que chamem sua
atenção e interesse. Solicite apoio de outras pessoas para tais atividades;
· Na
rotina coloque períodos de descanso para que o idoso não fique com fadiga.
É importante que haja observação,
paciência e sensibilidade por parte do cuidador. A linguagem do idoso favorece
a atenção, percepção, a memória e as funções intelectuais, proporcionam do
ponto de vista psicossocial, um desenvolvimento do interesse e da
personalidade.
Fonte:
- Como Cuidar dos Idosos – Rosalina A.P. Rodrigues, Maria José D.Diogo (orgs. Papirus/ Coleção VIVAIDADE 1996.
Fonte:
- Como Cuidar dos Idosos – Rosalina A.P. Rodrigues, Maria José D.Diogo (orgs. Papirus/ Coleção VIVAIDADE 1996.
- Cartografias do envelhecimento na contemporaneidade - velhice e terceira idade (Mariele Rodrigues Correa)2009.
- Atividade
Física no Processo de Envelhecimento
Ernesto Marquez Filhos.